A colestase intra-hepática pode ser uma das complicações das doenças hepáticas agudas e crônicas e pode aparecer independentemente de sua etiologia. Esta condição patológica é caracterizada por uma diminuição na secreção de bile pelos hepatócitos, o que leva ao acúmulo no sangue de substâncias que geralmente são excretadas com a ajuda da bile, em particular bilirrubina, sais de ácidos biliares e enzimas. A utilização da ademetionina permite ultrapassar o bloqueio do metabolismo (transformação da metionina em ademetionina) causado pela diminuição da atividade da enzima ademetionina sintetase. Desta forma, os mecanismos fisiológicos que impedem o aparecimento de colestase são restaurados. Com a ajuda de vários estudos experimentais, descobriu-se que o efeito anticolestático da ademetionina é fornecido por: 1) restauração da microfluidez das membranas citoplasmáticas através da síntese dependente de ademetionina de fosfolipídios de membrana (redução da relação colesterol/fosfolipídio) e 2) superando o bloqueio metabólico do processo de transsulfuração e, consequentemente, restaurando a síntese de grupos tiol, que participam de processos endógenos de desintoxicação.
