Por que o colágeno pode ser mais importante para os ossos do que o cálcio

Os ossos são constituídos por um tecido vivo e dinâmico que requer uma grande variedade de nutrientes – não apenas minerais como cálcio – para manter uma condição ideal de saúde.

Apesar de os minerais costumarem receber toda a atenção quando se trata dos ossos, a diminuição do teor de colágeno também é um fator importante na osteoporose e na baixa densidade óssea.

O colágeno representa para os ossos o que um tijolo representa para a estrutura de uma casa. É o composto que fornece a estrutura na qual ocorre a mineralização. À medida que os níveis de colágeno diminuem com a idade, isso vai se tornando um problema, porque, se você não tiver colágeno suficiente, por mais que consuma cálcio, o mineral não vai se consolidar dentro do osso.

Pensando nisso, fica claro que precisamos ter estratégias para melhorar a matriz de colágeno junto com a suplementação tradicional de minerais em qualquer tratamento para manter a saúde dos ossos.

O lado negativo dos medicamentos    

Um problema com os bisfosfonatos utilizados para tratar e prevenir a osteoporose (por exemplo, Boniva, Fosamax e Actonel) é que eles não melhoram a qualidade óssea. Sim, eles podem aumentar a densidade óssea. Mas como não abordam questões com a matriz orgânica de colágeno, eles na verdade podem tornar os ossos quebradiços.

Um osso de alta qualidade é forte e resistente, muito parecido com um bambu. Em contraste, o osso que é injetado de bisfosfonatos é mais parecido com giz – denso, mas muito frágil. As pessoas que tomam bisfosfonatos precisam se concentrar em melhorar suas matrizes de colágeno para ajudar a corrigir os problemas que esses medicamentos geram. O aumento do teor de colágeno nos ossos leva a mais força e flexibilidade, aumentando, assim, a resistência a fraturas.

Suplementos relevantes

Para ajudar a melhorar a matriz de colágeno e a promover a saúde dos ossos, são recomendados os seguintes nutrientes importantes – juntamente com 800 a 1.000 mg ao dia de cálcio:

  • Sílica: Uma forma altamente biodisponível de sílica (ch-OSA, sigla em inglês para ácido ortossilícico estabilizado de colina, o ingrediente em BioSil) tem mostrado resultados clínicos impressionantes na melhora da saúde óssea e da densidade mineral óssea. Em um estudo duplo-cego com mulheres na pós-menopausa com baixa densidade óssea, o BioSil foi capaz de aumentar tanto o teor de colágeno ósseo (22%) quanto a densidade óssea (2%) no primeiro ano de uso. A dose recomendada é de 6 a 10 mg por dia.
  • As vitaminas K1 e K2 afetam a osteocalcina, uma proteína que ancora as moléculas de cálcio dentro do osso. A vitamina K é necessária para converter a osteocalcina inativa em sua forma ativa, então sua carência na dieta é um grande fator de risco para osteoporose, mesmo entre as pessoas que consomem a quantidade adequada de cálcio. Os melhores alimentos que fornecem vitamina K são espinafre, acelga, couve, couve-de-bruxelas, aspargos e vagem. A dose típica do suplemento de vitamina K é de 100 mcg ao dia.
  • As vitaminas B6 e B12 e o ácido fólico ajudam a converter o aminoácido metionina em cisteína. Qualquer deficiência dessas vitaminas pode levar a um aumento nos níveis de homocisteína, a qual tem sido ligada a vários problemas de saúde, incluindo a osteoporose. Quando comprar vitaminas do complexo B procure uma fórmula que contém a forma metilcobalamina da vitamina B12 para conseguir a absorção ideal.
  • A suplementação da vitamina D3 está associada com aumento da densidade óssea, e estudos que combinam vitamina D e cálcio têm produzido resultados muito melhores do que qualquer um dos dois nutrientes isolados. A maioria dos especialistas recomenda doses diárias de pelo menos 2.000 UI de D3.
  • Magnésio. Uma pesquisa demonstrou que mulheres com osteoporose têm menor teor de magnésio ósseo e outros indicadores de deficiência de magnésio do que as mulheres sem osteoporose. Geralmente se recomenda uma dose de 250 a 500 mg ao dia.